29.7.05

...

Image hosted by Photobucket.com

cloudy morning


cloudy morning
Originally uploaded by Soffia.

28.7.05

04:30


04:30
Originally uploaded by Soffia.

...insónias...

26.7.05

arrumações...

...ao som de Ray Charles.


escritorio
Originally uploaded by Soffia.


Não parece, mas tenho o escritório virado do avesso.

[As férias também servem para isto, enquanto se arrumam as papeladas e livros nas prateleiras certas, as ideias também são separadas, filtradas e arrumadas nos locais mais adequados]

25.7.05

a [minha] familia

[Hoje descobri que nos falta uma foto de familia, de toda a familia. Uma foto daquelas, com os avós, pais, tios e primos direitos, que reúna todos os sorrisos que me acompanhaam desde sempre.]

Adoro a minha familia. São o meu porto seguro. Pessoas simples com um coração enorme, como a minha avó paterna que chora sempre que voltamos a Lisboa e nos faz trazer pão, mais algumas cebolas, as batatas, a fruta, os bolos de azeite que faz ou os bolbos de flores que lhe peço todos os anos para plantar lá na horta da escola. Ou como o meu avó paterno que nos dias de festa se emociona sempre à custa de algum vinho a mais e do fado que vai cantando noite fora. Nessas alturas fala-me sempre de França, dos pinheiros que cortou, das noites que passou sem dormir, das saudades que sentia de casa... e as lágrimas correm-lhe cara abaixo e no fim diz sempre que está muito feliz por nos ter todos ali.

A minha bisavó. Faz 102 anos em Outubro. Já não ouve bem mas tem uma lucidez que ainda me surpreende e continua a dar palpites em todas as conversas feitas à roda do fogão. Quando lhe pergunto como está, diz quase sempre que já não está cá a fazer nada, que era tempo de ir para o outro lado. E abraça-me sempre como se fosse a última vez que me visse. É o abraço mais forte da casa.

Os meus pais. O apoio de sempre, a ajuda constante. Têm sido incansáveis comigo e com a minha irmã. Orgulho-me muito deles, muito mesmo... [e não preciso dizer mais]

A minha mana. Cinco anos de diferença nas idades. Formas de pensar um bocadinho diferentes, feitos completamente opostos. Ela muito extrovertida, eu mais introvertida. Sempre discutimos muito mas o que nos une é mais forte e nunca ficámos zangadas. É muito meiga e tem um jeito especial com crianças. Escreve muito bem, é o dom dela.

Os meus tios, irmãos do meu pai.
A minha tia L. tem uma enorme força de viver, é uma optimista por natureza. Apesar de todas as contrariedades da vida, encontrei-a sempre a sorrir, sempre com uma palavra amiga. Gostava de ter a força dela, de me agarrar sempre às coisas boas e de nunca desistir, como ela faz. E depois, é a ternura em pessoa ou não trabalhasse ela num lar de idosos e afirmasse com toda a convicção que adora o que faz.

Tio F. O mais novo dos meus tios, um espírito jovem, alegre e divertido. Uma pessoa muito responsável, pragmática e trabalhadora. Foi ele que me deu a minha primeira caneta na escola primária, no 1º ano, uma caneta verde e branca.
[É incrível como a memória guarda estes pedacinhos do passado]
Muitas pessoas confudem-no com o meu pai, são extremamente parecidos e além disso, têm um feitio muito semelhante. Casou com a rapariga mais bonita da aldeia, a minha tia. Ainda hoje os anos parecem não ter passado por ela e quem não a conhece continua a dar-lhe pouco mais de vinte cinco anos quando já tem mais de quarenta. Gosto muito dela.

A minha tia A. É surda-muda, ficou assim devido a uma meningite que teve em criança. Sem nunca ter ido à escola, sem saber ler ou escrever, é surpreendente a capacidade de comunicação que tem e a facilidade com que o faz.

Os primos.
N. - o primo mais velho, tem mais um ano que eu e já é pai. Juntos, comemos fatias de pão barradas com Planta, cheias de açúcar e pepitas de chocolate, andámos atrás das ovelhas do nosso avô que teimavam em afastar-se umas das outras, apanhámos amoras quentes do sol que comíamos logo ali, brincámos às escondidas no milheiral... e fizemos grandes asneiras, como partir uma pata a uma das galinhas da capoeira ou deixar fugir o cão que entretanto se lembrou de estragar a horta do vizinho do lado... Foi o meu grande companheiro das brincadeiras de Verão.

R. - irmão mais novo do N. Um miúdo de 23 anos muito meigo, provocador e tal como a mãe, está sempre a sorrir. É o rapaz mais vaidoso que conheço, um verdadeiro conquistador de corações e as raparigas adoram-o...

J. - A minha prima mais velha, mas com menos dez anos que eu. Reservada, tímida, mas muito divertida. Dizem que somos muito parecidas de feitio... não sei. Conversamos muito e desabafamos ainda mais uma com a outra...

A. - Irmã de J. Com catorze anos é uma miúda extremamente responsável e empenhada. Já tem objectivos definidos para a sua vida, sabe o que quer e o que não quer. Ouve todas as conversas dos adultos com atenção e tem uma grande avidez em saber mais. É muito paciente e está sempre disponível para ajudar seja quem for.

M.- a benjamim. Tem um ano. É a primeira trineta da minha bisavó.


[Não me posso esquecer de fazer a fotografia de familia este Verão]

22.7.05

...

Uma ideia genial!

[vamos todos escrever a sério?]

[coisas sem interesse]

de manhã... um nó no estômago e o adeus definitivo.

à tarde... a [minha] constipação a fazer das suas, um banho demasiado quente para este Verão e uma moleza incrível.

à noite... à noite... logo se vê.

21.7.05

em modo off

Só com a praia, os livros, a música e o descanso... ah! E os filmes, claro.

[Por agora, não preciso de mais nada]

19.7.05

...



[Esta noite]

18.7.05

Dias de praia

Começaram hoje.

Enquanto descia a estrada que leva à Praia Grande pensei que um dia gostava de ter uma casa ali, virada para aquele mar frio e azul.

[Não percebo como pode alguém não gostar desta praia]

Tem tudo o que procuro. Pouco barulho, poucas pessoas e espaço suficiente para estender a toalha e descansar.
Não acho a água mais fria, nem a areia mais grossa ou mais fina, mas hoje o céu estava mais azul e ao fim da tarde o mar tinha outro brilho. Talvez fosse só dos meus olhos mas acho que não...

[é muito mais que isso]

15.7.05

...


...
Originally uploaded by Soffia.

...

As casas só fazem sentido quando nelas há um movimento comum.

João de Melo
in O Homem Suspenso

14.7.05

Aprendiz de Utopias

Conheci o professor José Pacheco há alguns anos atrás, quando eu e uma colega fomos a Vila das Aves visitar a Escola da Ponte. Mais tarde, voltámos a visitar a mesma escola mas em época de aulas e durante dois dias foi-nos explicado o projecto, assistimos a aulas, participámos na Assembleia de Escola e despedimo-nos com uma imensa vontade de ficar ali para sempre.

[nunca se sabe...]

Um dia descobri as suas crónicas. Textos simples e transparentes, palavras que tocam a inúmeras feridas do nosso sistema educativo mas que também dão a conhecer muitas coisas boas que acontecem na educação.


(...)

Sei que o desafio é imenso e que poderá parecer inacessível a comuns mortais. Mas não o creiam. A formação profissional não nos qualificou senão para a reprodução de um só (e inquestionável) modelo pedagógico. Ainda hoje, chegam às escolas professores que não sabem por que fazem o que fazem, e que não fazem algo diferente por não terem sequer uma ideia do que seria possível ser feito. Por mais exagero que possa parecer ter posto na afirmação, é esta a dura realidade. Mas acredito que os professores são capazes de transcender os erros cometidos na sua formação.

O Nunziati dizia que "não há mudanças nos nossos modos de fazer sem uma transformação nos modos de pensar". E, em contraponto com o desabafo do Alberto, um velho professor, que não envelheceu profissionalmente, disse-me: "Há muitos anos, eu percebi que era um desqualificado com canudo. Admiti que nada sabia de ser professor, algum tempo depois de ter saído da escola do Magistério. Nesse tempo, a compreensão da dimensão do meu drama assustou-me. Reagi fugindo para a frente. Apesar das dificuldades defrontadas, preferi o caminho da autenticidade e do conflito. Recusei o fácil caminho de reproduzir o que é velho e não serve. Um dos modos de fugir para a frente foi estudar, penetrar os mistérios do fenómeno educativo. E ainda só vou no início…"

Haja esperança de novas "conversões", que não se convertam em desilusões. É preciso aprender a recomeçar. E a, serenamente, retomar o caminho que leva à cumeada, de onde se avista escolhos a transpor, novos caminhos para subir e descer e subir…

José Pacheco

12.7.05

a luz


de manhã
Originally uploaded by Soffia.

...hoje de manhã.

11.7.05

...

Depois de um começo de tarde bastante diferente, agora tenho a certeza de que preciso mesmo de fazer este curso, um dia.

10.7.05

[a falta de tudo e de tão pouco]

Já tenho a música comigo, todos os dias, a quase todas as horas. Não me faz qualquer impressão ir na rua e não ouvir mais nada senão o som que levo comigo. Não me faz falta o barulho da cidade, dos carros, das conversas das pessoas. Não me faz falta ouvir os gritos, os comentários, as conversas de café dos outros, o burburinho do dia-a-dia. Não me desliguei do mundo, mas em certas ocasiões, gosto de me sentir um bocadinho mais longe dele...

Mas tenho saudades dos livros. Não li nada durante este ano, ou quase nada. Deixei a meio dois livros do João de Melo, um do Saramago, outro do Paul Auster e ficaram por começar tantos outros que tenho ali empilhados em cima da mesa de cabeceira.

Depois, o desporto. Pela primeira vez, não fiz exercício físico durante um ano inteiro. Limitei-me a andar muito a pé e sentir uma tremenda "inveja" dos meus alunos quando os levava à natação e a dizer para mim mesma que apesar de toda a falta de tempo, para o ano, teria de guardar um horinha para nadar.

A fotografia. Ter uma máquina digital não é a mesma coisa. É ideal para algumas ocasiões mas não consegue ultrapassar as reflex. Preciso de voltar a pegar na outra máquina, de escolher os rolos que quero usar, das provas de contacto, de voltar a sentir as imagens no papel.

Dançar. Sozinha ou acompanhada. Com os amigos. E divertir-me muito.

9.7.05

731 dias...

...de existência.

8.7.05

[o outro lado]

You're stuck at home, standing alone
This time you're choking with your words
Staring your face, faking an end
You act a dream that it's not yours
You pretend and perform, don't you ever stop trying
You were meant to be
You're suppose to be
The most happy girl in this whole world
You're a part of me
Don't you ever be
Far away from me in this whole world


Actress, The Gift

[aquele de que fugimos todos os dias]

6.7.05

: ) ( :

A apresentação do projecto correu lindamente! E apesar das reformulações que terei de fazer mais tarde, consegui ter a nota máxima!

Estou muito, muito, muito, muito, muito feliz!

[E obrigada a todos vocês que me desejaram boa sorte]

5.7.05

Recta final

Amanhã, às onze horas já terei a apresentação do projecto da tese finalizada.

[até lá, é este nervoso miudinho que não me larga...]

Factos

Ando completamente viciada nos iogurtes de laranja, banana e bolacha...
[as vossas mães não vos faziam esta mistela deliciosa quando eram pequenos?]

Viagens

As minhas viagens de comboio são muito mais animadas agora: levo a música comigo e não oiço mais nada. Depois acontecem situações como a de hoje... muito embaraçosas. Uma senhora perguntou-me se o comboio parava na Amadora e eu, muito concentrada na minha música, só percebi quando me tocou no braço.
[Nem sei quanto tempo esteve a falar sozinha...]

1.7.05

[Private session]







Logo à noite, num televisor perto de mim.