[baque ou murro no estômago]
A segunda feira é dia da hora das novidades na sala de aula. Contam o que fizeram no fim-de-semana, mostram desenhos, lêem para a turma, etc...
Hoje foi a vez da L. Disse que no sábado tinha acontecido uma grande desgraça, que os pais se tinham separado, que o pai tinha sido preso e que a mãe o chamara de assassino.
Acho que fiquei branca. Na sala fez-se um silêncio aterrador, um silêncio como nunca tinha sentido e apesar de tentar aligeirar a situação, quando ela chegou ao lugar, começou a chorar. O que fiz não interessa muito, fiz o que devia fazer, acho.
O resto, isso sim, interessa.
Será que a ministra da educação [também] se lembra disso?
Hoje foi a vez da L. Disse que no sábado tinha acontecido uma grande desgraça, que os pais se tinham separado, que o pai tinha sido preso e que a mãe o chamara de assassino.
Acho que fiquei branca. Na sala fez-se um silêncio aterrador, um silêncio como nunca tinha sentido e apesar de tentar aligeirar a situação, quando ela chegou ao lugar, começou a chorar. O que fiz não interessa muito, fiz o que devia fazer, acho.
O resto, isso sim, interessa.
Será que a ministra da educação [também] se lembra disso?
5 Comments:
Infelizmente na escola há problemas muito mais graves, do que as alterações aos ECD.
Será que alguns professores [também] se lembram disso?
credo!!! é incrível o que certas crianças passam no seu dia-a-dia e muitas vezes nem nos apercebemos!!!
imagino que tenhas ficado branca!!!
tudo de bom para essa criança...
bjokas da anokas ;)
Fiquei tocada com o tu relato da situação. Imagino como não deve ter sido ouvir a menina a falar disso ao vivo. É impressionante. Às vezes também nos esquecemos do que se passa para além da nossa sala de aula. Tantas vezes sou dura com os alunos esquecendo-me que muitas vezes em casa os pais não lhes ligam ou não lhes dão carinho...
Beijinhos
henriquin: claro que há problemas graves , muito graves mesmo. Agora, uma coisa é falar das alterações ao ECD e outra coisa é falar dos problemas da escola. E havendo ou não as referidas alterações, acredito que os professores, os competentes, pelo menos, como refere no seu blog, irão continuar a preocupar-se com eles e a tentar resolvê-los de forma célere e sempre para bem dos alunos.
olha, uma amiga minha, educadora, esteve colocada numa escola da "periferia dos subúrbios" eum dia uma miúda contou que o pai tinha apontado uma arma à cabeça da mãe, mas depois só lhe tinha dado uns socos e ela tinha ido para o hospital. enquanto ela quase desfalecia, os outros soltaram a língua e choveram histórias de pancadaria, facadas, hospitais e prisões. é terrível, de facto.
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