Doce

O arroz-doce é quase uma tradição na minha família. A minha avó fá-lo muito bem, a minha mãe também, as minhas tias não ficam atrás e uma das minhas primas consegue ter o melhor arroz-doce de sempre. É um arroz-doce fácil de fazer mas muito demorado... Precisamos de estar duas horas ao fogão para que saia cremoso e quase sem se sentir os bagos de arroz. É que não há pior arroz-doce que aquele é que os bagos de arroz ficam duros, como se estivéssemos a comer arroz branco. O segredo é simples: está no tempo e no açúcar.

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Estou de mãos e pés gelados. Mal os sinto. É como não pertencessem ao meu corpo e não tivesse controlo absolutamente nenhum sobre eles. Custa-me escrever, custa-me andar, custa-me muito mais outras coisas.
Estou como o tempo, a arrefecer devagarinho.

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Ontem o fogo andou pelas terras da minha família. Oliveiras, vinhas e outros terrenos arderam por completo... Sexta-feira vamos ver os prejuízos.
[Isto quando nos calha a nós é tão diferente...]

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Estou viciada nisto.

[de volta]

E pronto. Os dias de praia chegaram ao fim. Por incrível que pareça, quase não tirei fotografias... Agora sinto-lhes a falta. Para compensar, comi muitos gelados e sonhei demasiado - cobras, bebés, a tese, pessoas e coisas surreais que não vale a pena descrever aqui. Deliciei-me com sardinhas, Dons Rodrigos e amêndoas caramelizadas e comprei a pulseirinha que me vai acompanhar no tornozelo até ao próximo Verão [uma mania que tenho desde há três anos atrás]. O mar esteve óptimo, os banhos de sol foram na medida certa e ainda consegui ler cerca de dez artigos que estavam em falta para continuar a minha escrita. Sinceramente, não ficava por lá nem mais um dia... Gosto muito de passar os últimos dias de férias em casa.

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Depois do campo, vem o tempo da praia.



Vou ganhar energias para outras paragens.
Boas férias!

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Falta menos de um ano e cada vez mais acredito nisto [e constato também].

Verão [parte 1]