Balanço
Faço os meus balanços anuais no final de cada ano lectivo e não no último dia do ano civil. Os meses de Setembro e de Junho são os meus indicativos anuais para o começo e para o fim de uma jornada que se revela sempre diferente da anterior. E este ano foi especialmente enriquecedor para mim.
Fiquei com uma turma de 1º ano - meninos e meninas com uma vontade incrÃvel de aprender a ler e a escrever e que , todos os dias, faziam interrogações sobre o que aprendiam. Foram alunos que “puxaramâ€� muito por mim, alguns fizeram-me ser mais terna e calma, outros conseguiram desafiar-me ao ponto de levar a cabo trabalhos de projecto e actividades quase impensáveis para crianças de seis e sete anos.
Mas nem tudo foram rosas. Houve dias difÃceis, de chegar a um desespero (quase) total por não conseguir desenvolver alguma actividade importante, por não conseguir mantê-los calmos e sossegados nos lugares apesar de ter usado muitos recursos. Houve dias em que me apeteceu desistir, como aquele em que o T. resolveu fazer todos os disparates possÃveis e imaginários na sala, rir-se à s gargalhadas enquanto tentava conversar com ele e inclusive, começar a cantar e assobiar enquanto eu queria prosseguir a aula. Foi neste dia que descobri que a paciência pode esgotar-se mas também que a indiferença e a calma são boas respostas para este tipo de comportamentos pontuais.
Foi também durante este ano lectivo que descobri o voluntariado. Na Pediatria do IPO percebi que a vida pode ser muito efémera e que todos nós estamos sujeitos a situações semelhantes, de dor e sofrimento. Surpreendi-me (e surpreendo-me todos os domingos) com a coragem das crianças e dos seus familiares e com o optimismo que revelam. Poucas vezes ouvi chorar, poucas vezes ouvi lamentos; há sempre sorrisos, há sempre palavras encorajadoras.
Estas crianças e os seus pais fizeram-me encarar o futuro de forma diferente, mostraram-me que o optimismo pode e deve ser uma constante da vida apesar de todas as contrariedades de possam surgir.
É estranho ter consciência que algo mudou dentro de nós, principalmente porque nunca percebi que isso poderia acontecer e que me faria sentir mais feliz. Mas ainda bem que assim é.
Fiquei com uma turma de 1º ano - meninos e meninas com uma vontade incrÃvel de aprender a ler e a escrever e que , todos os dias, faziam interrogações sobre o que aprendiam. Foram alunos que “puxaramâ€� muito por mim, alguns fizeram-me ser mais terna e calma, outros conseguiram desafiar-me ao ponto de levar a cabo trabalhos de projecto e actividades quase impensáveis para crianças de seis e sete anos.
Mas nem tudo foram rosas. Houve dias difÃceis, de chegar a um desespero (quase) total por não conseguir desenvolver alguma actividade importante, por não conseguir mantê-los calmos e sossegados nos lugares apesar de ter usado muitos recursos. Houve dias em que me apeteceu desistir, como aquele em que o T. resolveu fazer todos os disparates possÃveis e imaginários na sala, rir-se à s gargalhadas enquanto tentava conversar com ele e inclusive, começar a cantar e assobiar enquanto eu queria prosseguir a aula. Foi neste dia que descobri que a paciência pode esgotar-se mas também que a indiferença e a calma são boas respostas para este tipo de comportamentos pontuais.
Foi também durante este ano lectivo que descobri o voluntariado. Na Pediatria do IPO percebi que a vida pode ser muito efémera e que todos nós estamos sujeitos a situações semelhantes, de dor e sofrimento. Surpreendi-me (e surpreendo-me todos os domingos) com a coragem das crianças e dos seus familiares e com o optimismo que revelam. Poucas vezes ouvi chorar, poucas vezes ouvi lamentos; há sempre sorrisos, há sempre palavras encorajadoras.
Estas crianças e os seus pais fizeram-me encarar o futuro de forma diferente, mostraram-me que o optimismo pode e deve ser uma constante da vida apesar de todas as contrariedades de possam surgir.
É estranho ter consciência que algo mudou dentro de nós, principalmente porque nunca percebi que isso poderia acontecer e que me faria sentir mais feliz. Mas ainda bem que assim é.
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