Custa-me...
...acreditar que um dos principais argumentos colocados pela Fenprof contra a criação da ordem dos professores seja este:
«Os professores têm uma profissão que não se caracteriza pelas profissões que têm ordem. É professor quem tem vocação, quem concorreu a esta profissão, quem está colocado.»
Mas ainda acrescentam...
«Acreditamos na formação continua, na avaliação que as escolas fazem dos professores e na auto-avaliação dos professores e portanto não há nenhuma razão para uma Ordem dos Professores.»
Sendo a ordem uma entidade com caracterÃsticas jurÃdicas e com competência para supervisionar e registar todas as actividades dos profissinais de algumas áreas, como os médicos, os enfermeiros, os arquitectos, os jornalistas e os engenheiros e também possibilitando uma independência em relação ao Estado, não entendo como pode uma estrutura sindical tomar esta posição.
Dizem que os professores, à partida, têm vocação... mas, e aqueles que optam pelo ensino simplesmente porque não conseguem singrar noutra área para a qual estavam mais motivados? Todos sabemos que há milhares de professores que se enquadram nesta situação e não acredito que todos estejam vocacionados para o ensino. E aqui surge a famosa questão das habilitações próprias e das habilitações suficientes...
Será que não seria mais fácil e mais justo para todos os professores, que a sua avaliação fosse conduzida por um organismo autónomo e independente do Estado? Todos os professores sabem que os relatórios que devem ser entregues durante a carreira docente, são meramente formais...
E a formação contÃnua? Se fosse levada a cabo pela tal ordem, talvez o empenho dos professores fosse maior e não se limitassem a fazer as acções de formação pelos créditos que precisam na progressão da carreira...
Parece-me que nesta questão, e mesmo sendo de forma indirecta, a Fenprof está a corroborar com algumas posições do actual Governo, nomeadamente em relação à questão vocacional desta profissão.
Se por um lado a Fenprof luta pela existência de concursos justos e céleres, por outro lado acrescenta que são os professores que concorrem a esta profissão - uma afirmação que tenta fazer esquecer todos aqueles que escolhem o ensino por necessidade e não por vocação e que leccionam certas disciplinas para as quais não têm a preparação devida.
Se no 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico esta situação já não ocorre, o mesmo não se pode dizer em relação ao 3º Ciclo e ao Ensino Secundário. E depois, todos se queixam.
Há demasiadas contradições. É esta a Escola que temos.
«Os professores têm uma profissão que não se caracteriza pelas profissões que têm ordem. É professor quem tem vocação, quem concorreu a esta profissão, quem está colocado.»
Mas ainda acrescentam...
«Acreditamos na formação continua, na avaliação que as escolas fazem dos professores e na auto-avaliação dos professores e portanto não há nenhuma razão para uma Ordem dos Professores.»
Sendo a ordem uma entidade com caracterÃsticas jurÃdicas e com competência para supervisionar e registar todas as actividades dos profissinais de algumas áreas, como os médicos, os enfermeiros, os arquitectos, os jornalistas e os engenheiros e também possibilitando uma independência em relação ao Estado, não entendo como pode uma estrutura sindical tomar esta posição.
Dizem que os professores, à partida, têm vocação... mas, e aqueles que optam pelo ensino simplesmente porque não conseguem singrar noutra área para a qual estavam mais motivados? Todos sabemos que há milhares de professores que se enquadram nesta situação e não acredito que todos estejam vocacionados para o ensino. E aqui surge a famosa questão das habilitações próprias e das habilitações suficientes...
Será que não seria mais fácil e mais justo para todos os professores, que a sua avaliação fosse conduzida por um organismo autónomo e independente do Estado? Todos os professores sabem que os relatórios que devem ser entregues durante a carreira docente, são meramente formais...
E a formação contÃnua? Se fosse levada a cabo pela tal ordem, talvez o empenho dos professores fosse maior e não se limitassem a fazer as acções de formação pelos créditos que precisam na progressão da carreira...
Parece-me que nesta questão, e mesmo sendo de forma indirecta, a Fenprof está a corroborar com algumas posições do actual Governo, nomeadamente em relação à questão vocacional desta profissão.
Se por um lado a Fenprof luta pela existência de concursos justos e céleres, por outro lado acrescenta que são os professores que concorrem a esta profissão - uma afirmação que tenta fazer esquecer todos aqueles que escolhem o ensino por necessidade e não por vocação e que leccionam certas disciplinas para as quais não têm a preparação devida.
Se no 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico esta situação já não ocorre, o mesmo não se pode dizer em relação ao 3º Ciclo e ao Ensino Secundário. E depois, todos se queixam.
Há demasiadas contradições. É esta a Escola que temos.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home