...
Foi num dia de Maio, no ano de 1991. A aula de LÃngua Portuguesa estava no fim e a professora Teresinha no dia seguinte já não iria voltar.
Ofereceu-nos este poema embrulhado numa pequena folha de papel , leu-o e saiu da sala com as lágrimas nos olhos.
Foi assim que conheci Alberto Caeiro.
"Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como que não estranha
Que haja montanhas e planicies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja..."
Alberto Caeiro
Ofereceu-nos este poema embrulhado numa pequena folha de papel , leu-o e saiu da sala com as lágrimas nos olhos.
Foi assim que conheci Alberto Caeiro.
"Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como que não estranha
Que haja montanhas e planicies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja..."
Alberto Caeiro
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home