12.10.03

Memórias

Acho que tenho poucas memórias da minha infância. Tenho a sensação que ficaram afogadas ou presas ao fundo do meu subconsciente. Mas de vez em quando, e sem qualquer razão aparente, algumas voltam à minha superfície em flashes de luz e nesses pequenos segundos consigo ser novamente criança.

No outro dia lembrei-me da minha primeira caneta de tinta azul. Sei que andava no primeiro ano, tinha chegado a hora de escrever com caneta e pedi uma ao meus pais, no entanto, quem ma deu foi o meu tio. Era uma caneta verde e branca e sei que escrevi com ela até a tinta acabar.

Mas a memória que me é mais querida é a dos gelados. Lembro-me dos Epás e da bola de pastilha elástica que eu ansiava em mastigar no fim. Lembro-me do sabor daquele gelado branco e de guardar os cones de plástico e as colheres planas para brincar em casa. E lembro-me também dos outros gelados, aqueles que eu ia comprar no quiosque laranja do jardim, ao fundo da minha rua. Pedia sempre um cone com morango e baunilha e era uma delícia.

Agora, esse quiosque já desapareceu. De vez em quando ainda vejo a senhora que me atendia e cumprimenta-me sempre com um sorriso.
Quanto aos gelados Epá, esses, já não têm o mesmo sabor. Comi um este Verão e fiquei desiludida...
Restam-me as minhas memórias.





























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