1.8.03

Asas

Hoje, enviaram-me este texto.
Fica aqui, também para vocês.


Nós crescemos para ter asas, meus amigo.
Não se esqueçam de escrever por dentro do peito: nós
nascemos para ter asas.
No entanto,em épocas remotas, vieram com dedos
pesados de ferrugem para gastar as nossas asas como
se gastam tostões.
Cortaram-nos as asas para que fossemos apenas
operários obedientes, estudantes atenciosos, leitores
ingénuos de notícias sensacionais, gente pouca, pouca e seca.
Apesar disso, sábios, estudiosos do arco-íris e de coisas
transparentes, afirmam que as asas dos homens crescem
mesmo depois de cortadas, e, novamente cortadas,
de novo voltam a ser.
Aceitemos esta hipótese, apesar de não termos dela
qualquer confirmação prática.
Por hoje é tudo. Abram as janelas. Podem sair.


José Fanha




























actualizações de weblogs portugueses


Powered by Blogger




Page copy protected against web site content infringement by Copyscape


Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.