Um poema
um dia, quando a ternura for a única regra da manhã,
acordarei entre os teus braços, a tua pela será talvez demasiado bela.
e a luz compreenderá a impossÃvel compreensão do amor.
um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for
tão distante, quando o frio responder devagar com a voz arrastada
de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da
nossa janela, sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso
será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi
nem uma palavra, nem o princÃpio de uma palavra, para não estragar
a perfeição da felicidade.
José Luis Peixoto, in A Criança em RuÃnas
acordarei entre os teus braços, a tua pela será talvez demasiado bela.
e a luz compreenderá a impossÃvel compreensão do amor.
um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno for
tão distante, quando o frio responder devagar com a voz arrastada
de um velho, estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da
nossa janela, sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso
será culpa minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi
nem uma palavra, nem o princÃpio de uma palavra, para não estragar
a perfeição da felicidade.
José Luis Peixoto, in A Criança em RuÃnas
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