A música
Eram 22:50 h quando apanhei o comboio no Rossio. Ia cheio apesar da hora, apesar de ser uma sexta-feira e de estarmos quase no Verão. Sentei-me num dos lugares vazios, junto à janela e antes de me entreter a ler a revista que tinha comprado, observei as pessoas que me rodeavam. Eram poucas, a maioria regressava dos empregos e tinham um ar cansado.
Entretanto, o comboio começou a encher e num banco a minha frente sentou-se um rapaz que trazia consigo uma viola. Pensava eu que a viola ficaria quieta, encostada à janela, à espera do seu destino para ser tocada de novo, mas não foi assim que sucedeu. O rapaz sentou-se e começou a tocar e naquela carruagem fez-se silêncio. Um silêncio como eu nunca tinha presenciado num comboio. ´
E a viagem começou. Alguns fecharam os olhos embalados na melodia, outros prenderam o olhar na viola, no dedilhar das cordas. Outros olhavam a expressão do rapaz, mas ninguém dizia nada.
Em Campolide entrou o revisor. Quando chegou perto do rapaz disse-lhe que tinha de parar de tocar pois podia estar a incomodar as pessoas. O rapaz disse-lhe algo que não ouvi. Falaram um pouco mais até que o revisor levantou a cabeça e perguntou aos restantes passageiros se estavam a gostar da música. A resposta foi unânime e em unÃssono - Sim! E a viagem continuou...
Naquela noite, cheguei a casa mais confortada. Não só pela música, mas também pela sintonia entre uns e outros.
Entretanto, o comboio começou a encher e num banco a minha frente sentou-se um rapaz que trazia consigo uma viola. Pensava eu que a viola ficaria quieta, encostada à janela, à espera do seu destino para ser tocada de novo, mas não foi assim que sucedeu. O rapaz sentou-se e começou a tocar e naquela carruagem fez-se silêncio. Um silêncio como eu nunca tinha presenciado num comboio. ´
E a viagem começou. Alguns fecharam os olhos embalados na melodia, outros prenderam o olhar na viola, no dedilhar das cordas. Outros olhavam a expressão do rapaz, mas ninguém dizia nada.
Em Campolide entrou o revisor. Quando chegou perto do rapaz disse-lhe que tinha de parar de tocar pois podia estar a incomodar as pessoas. O rapaz disse-lhe algo que não ouvi. Falaram um pouco mais até que o revisor levantou a cabeça e perguntou aos restantes passageiros se estavam a gostar da música. A resposta foi unânime e em unÃssono - Sim! E a viagem continuou...
Naquela noite, cheguei a casa mais confortada. Não só pela música, mas também pela sintonia entre uns e outros.
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