Adoro dançar, mas ver programas como aquele que a Catarina Furtado apresenta... muito monótono e aborrecido... deixa qualquer pessoa com a ideia de que dançar é muito difícil e sobretudo, uma
grande seca!
Adiante.
O que interessa é que hoje ao ler a
Pública dei de caras com uma reportagem sobre kizomba e a adesão dos portugueses a esta dança. Parece que o B.Leza se enche de vez em quando, principalmente quando há concursos de kizomba e um prémio. Depois ainda há aquelas aulas no Atheneu onde, por incrível que pareça, se juntam algumas dezenas de pessoas, desconhecidos entre si, e aprendem a dançar. É um fenómeno que se está a espalhar por todo o país e sinceramente... não me apetecia nada ficar aqui só a assistir. Mas primeiro ainda tenho que me habituar à ideia, ganhar coragem, perder esta estúpida timidez que me traz mais dissabores que outras coisas quaisquer e arriscar mesmo.
Os portugueses têm uma tristeza enorme. Nas férias mudam de personalidade e vestem uns calções garridos ou um body vermelho, mas têm uma tristeza enorme.E é verdade. Uma vez uma brasileira supreendeu-me na rua com um daqueles inquéritos e depois de algumas perguntas disse-me que nós (portugueses) só pensávamos em comprar carro, casa e ter filhos.
E o divertimento? O lazer? As viagens? - perguntava-me ela.
Somos um povo triste e pelos vistos precisamos de África e da América Latina para rejuvenescermos ou pelo menos, para nos lembrar que a alegria ainda existe. Nem que seja na kizomba, no samba ou na salsa. Já chega de fados...